Um olhar sobre Marrocos

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Arcos arquitetônicos de exótica beleza.

A tirania dos ditadores, o poder dos reis, da monarquia (secular), originaram uma rebelião nos muçulmanos do norte da África. Países árabes como a Líbia, a Tunísia, Marrocos de um modo mais contido e político e o Egito rebelaram-se contra este sistema. O caos foi iniciado na praça Tahir no Egito, neste mês de fevereiro, com a renúncia do seu ditador pressionado por revolucionários, jovens em sua maioria, que clamam por um modelo de democracia ocidental, na busca da escolha de seu governo através do voto.                                            
      
O que levou os mesmos a isto? As redes sociais presentes na tecnologia, proporcionaram libertar-se da alienação do “deixar como está,” questionando o sistema?

Tive a feliz oportunidade de conhecer Marrocos em janeiro de 2010, junto a um grupo de amigos franceses, quando ainda não havia esta crise muçulmana. O francês é o segundo idioma falado lá, junto ao árabe.

A guarda necessária e
tradicional na mesquita.
Marrocos tornou-se independente da França em 1959, a religião é o islamismo e é uma referência fortíssima. O culto à Alá, é um ritual que emociona a primeira vista: árabes largam seus afazeres, tiram os sapatos para orar em direção à Meca em horários de prece, ajoelhados e concentrados, em grupo ou a sós, onde estiverem.
    
A cidade medieval Fez, misteriosa e exótica, é uma das cidades mais antigas do mundo com suas ruelas e estranhas mulheres com burka ou véu. Casablanca,  (moderna cidade), Marrackech (a “cidade vermelha”, devido a sua arquitetura) com sua grande e fantástica medina Djemaa el Fna, seus souqs (mercados cercados), rodeada pela montanha Atlas. Rabat, a capital, localizada na costa norte
do Atlântico, mostra o esplendor Marroquino.

Acordar às 6 hs da manhã ouvindo o canto entoado em árabe convidando à oração no minarete, (nas torres das mesquitas) foi uma emoção inesquecível.


Dromedários e a paisagem.
 Camelos e dromedários, não tantos como se imagina; mas o suficiente para diferencia-los.

Enfim, uma experiência inesquecível onde o exótico e inusitado reinam de forma absoluta.







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Texto publicado no Jornal NH do dia 14/03/2011.

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