GRECIA EM CRISE

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Muito se tem falado sobre a  Grécia nos últimos dias.   

Pois  os gregos , apesar de seus deslizes políticos e econômicos, através de um plebiscito - não poderia ser diferente em se tratando do berço da democracia - , desafiaram  a Europa rejeitando  a sua  política de arrocho .Disseram  Não ( OXI em grego) à austeridade  e no que isso implica. Falida, a Grécia quer a redução da dívida com a Zona de Euro da qual faz parte. Caos instalado, os bancos fechados, disponibilizando saques pequenos em caixas eletrônicos de Atenas .

 

Ilhas Gregas. O turismo é notável , principalmente  nos cruzeiros, singrando o Mar Mediterrâneo rumo ao paraíso.  Agora, a imprensa nos traz que continua  sendo muito bem-vindo,  pois ajuda  a irrigar com seu dinheiro,  uma economia no limite. E deixando a mensagem “ Ajude a Grécia a resistir passando muito bem, passe as férias na Grécia”.  Slogan oportuno. E sedutor como o é, o grego.

Sabemos que  este país helênico, tem um legado histórico espetacular. Os historiadores  identificam a prática social nos rituais,  nos ícones e na Grécia de 784 A C,  nasceu a democracia, o teatro, a história, a filosofia.
E é na Grécia Antiga  que reconhecemos  a importância da iconografia, ou seja, a interpretação dos símbolos culturais. Entre eles  nossa linguagem,  onde  buscamos sua etimologia . Os deuses do Olimpo! É de lá também  que a Psicologia resgata significados como o deus Eros,  do amor... um dos instintos que nascem com o homem.Os filósofos gregos falavam do amor, sonhavam com a imortalidade e questionavam a razão de nossa existência e finitude.   Atenas, a capital,   abençoada pelos deuses: Hera, Apolo. A  Pequena cidade de Esparta, quase esquecida atualmente  mas de  onde provem ao termo “educação espartana”.

 Lembro que há poucos anos, aconteceram as Olimpíadas de Atenas. O esporte e a lembrança de sua cerimônia de abertura remete ao deus Eros, um ser  alado parecendo abençoar os participantes,  enviando ao mundo uma mensagem de fraternidade. Inesquecível !

A Grécia agora luta contra o arrocho financeiro europeu através de uma consulta ao povo,  à “plebe”. Plebiscito,  pois a liberdade é a essência da democracia. O resultado  foi um sonoro OXI.

 

 

 

Como um ambiente de trabalho pode afetar a saúde

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Ambiente de trabalho e bem-estar

Mas, afinal, por que o ambiente de trabalho possui tamanha influência sobre nossa vida? A Psicóloga Clínica Sonia Maria de Wallau explica que um local de trabalho inadequado representa um problema psicofisiológico, ou seja, que afeta mente e corpo. De acordo com ela, o conflito começa com a exposição aos agentes estressores.
 
São vários os fatores que podem comprometer a saúde dentro do espaço corporativo. “O ambiente físico de trabalho inadequado, dificuldades nas relações interpessoais, novas tecnologias de diferentes naturezas e demandas excessivas são agentes que estão intimamente ligados com o deterioramento  da saúde”, explica Sonia.
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Além disso, a especialista aponta que o conflito pode surgir quando o ofício é exercido exclusivamente como fonte de realização patrimonial, e não de satisfação pessoal. “O trabalho é importante para a autoimagem. Ao ser humano deve ser dado o direito de criar. Quando isso lhe é negado, surge a insatisfação psíquica do trabalhador”, pontua a psicóloga.
 
Para evitar conflitos e assegurar a paz no trabalho, a empresa deve ter como filosofia “o homem certo no lugar certo”. O profissional precisa trabalhar naquilo que gosta, ter liberdade para criar e inovar.
 
A companhia deve valorizar o colaborador como um parceiro, não apenas como recurso da empresa. As equipes necessitam de metas que prezem pela ética e pela responsabilidade.
 

Perigos do estresse no ambiente de trabalho

As pessoas passam grande parte da vida trabalhando. Por isso, um ambiente ruim traz graves consequências a curto ou longo prazo. “Hipertensão, disfunções sexuais, baixa imunidade e doenças coronarianas podem estar relacionadas ao estresse laboral”, alerta a psicóloga.
 
Em decorrência do estresse crônico, pode ocorrer, também, a Síndrome de Burnout, que se manifesta especialmente no ambiente de trabalho, tendo como principal característica a despersonalização. A pessoa fica ausente e tem atitudes frias em relação aos demais colegas.

O indivíduo que sofre com o ‘burning out’, ou ‘queimado pelo trabalho’, passa a tratar os outros como se fossem objetos. Isso prejudica sua identidade social e a qualidade de seus serviços prestados, anulando a sua própria capacidade de criar. Por isso, diante do estresse contínuo, é necessário ter cuidados.
 
Para controlar a exaustão, Sonia faz algumas recomendações: a alimentação saudável, a prática de atividade física ou de lazer e uma boa noite de sono são essenciais.
 
Por fim, é necessário também reavaliar a maneira de pensar e agir, procurar aprender a trabalhar em grupo e, claro, ponderar se a melhor alternativa não é trocar de emprego.

28 de junho de 2015


Um convite Inesquecível

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UM CONVITE INESQUECÍVEL

( De minhas anotações - 27 de setembro de 2013)

Sempre que posso, vou ver meu neto. Um beijo e um abraço de amor em nosso encontro. Mas naquele dia, senti como um convite especial ao telefone: " Vó, vem aqui hoje?". E é claro que eu fui, o convite era irrecusável.

Ao chegar, uma vozinha de 5 anos de formosura falou: " Oi, vó Soninha. Entra..." era ele acionando o controle da garagem. "Vó Soninha"... pensei. Nunca havia me chamado deste jeito tão carinhoso. Fiquei feliz e sorria sozinha. De emoção... de pura ternura de vó.
"Vem, vamos comer bergamota". Pegou minha mão e fomos. Me senti levada por um anjo. Um cenário me esperava.
´.... as mais doces da minha vida

Duas cadeiras, duas bergamotas no seu pratinho de Homem Aranha, no deck enfeitado pela Lhasa Meg, presença indispensável e com lugar cativo. "Faz o começo que eu descasco o resto,vó". E assim fizemos o nosso pique nique.. eu e meu pequeno amor. Sentados lado a lado. Pezinhos descalços soltos no ar balançavam feliz enquanto o sol se punha.. a cadeira era alta e faltariam muitos anos para ele "plantar" sua individualidade no chão da vida, quando conheceria todas as verdades e in-verdades. Por enquanto, desenhava a sua história.

Aí perguntei: "Bruninho, e os jogos no celular"? Ele corrigiu: " No meu tábletiiii, vó!" Claro que não poderia perder a oportunidade. Sabia que estava difícil controlar as horas que passava teclando genialmente e uma conversa de vó para neto, resolveria, pensei. Afinal, era da geração Z, do domínio precoce da cibernética. Ao meu olhar era surpreendentemente incrível o modo como teclava, passava o dedinho na tela, num indo e vindo genial. Afinal, era de Geração Z, do domínio precoce da cibernética. Herança de Bill Gates que permitia esta nova geração. E num papel em branco, ele começava a desenhar sua história.

Continuamos a comer bergamotas, as mais doces e gostosas de minha vida. Era melhor sentir o momento preparado por ele..não quebraria esta ternura para falarmos em tecnologia. E seguimos em nosso momento, com a poesia do por do sol.

 

Sensações

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Década de 80. Uma experiência belíssima me deixou feliz.
Foi quando a vida me apresentou a ilha de Capri, no litoral mediterrâneo na Itália.. Cortando as águas calmas do Tirreno, logo se vê o litoral recortado de Sorrento. É lá que se inicia uma das rotas mais belas do planeta, a Costa Amalfitana. Conforme o barco desliza, um conjunto de rochedos suspenso no mar desponta no horizonte.
E então, conduzida pelo barqueiro experiente, conheci a linda gruta de Capri, que de tão Azul, ofuscava meu olhar encantado. A maré baixou e então visitei a gruta inesquecível.
É de lembranças que também se constrói uma história.

Uma estranha experiência

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Marrakech

 
 



                                                   

 

Marrocos continua em minha lembrança, encantador.

 Saber pela  imprensa que  um mascarado jihadista na Síria  teria decapitado um jornalista norte americano, é imaginar uma cena de horror. Inverossímil  para nós ocidentais. . Tal nível de crueldade  mostra um lado islâmico extremista do terror: o Estado Islâmico, um grupo que comete a cada dia graves violações aos direitos humanos. Atacam homens , mulheres e crianças em função de sua origem étnica, religiosa  sem piedade, onde matar e mutilar não gera culpa. Querem criar uma nação radical muçulmana.;  junto com o fundamentalismo... perigoso sempre. Preocupa a ONU. Nos assusta.

Existirá algum dia um meio termo?


Este episódio odioso me fez pensar na questão de cultura  de um povo.Possuem uma  essência punitiva própria.


Me pareceu um DÉ JÀ VU
Reportou-me à 2010 quando  tive a feliz oportunidade de conhecer Marrocos, junto a um grupo de amigos franceses.

Pois, não ouvi uma recomendação do guia que nos levava a conhecer a praça principal de Marrakech: -  para mim o idioma francês exige atenção  - a de não  poder fotografar ao lado dos  nativos,  tocadores de estranhos instrumentos para atrair turistas,  sem  pagarmos.  Naturalmente registrei meu momento ao lado do encantador de serpentes .  O guia acenou, perguntando se eu não havia escutado seu alerta e que poderia  ter tido a mão decepada. Devo ter sorrido incrédula. Fui saldar “minha dívida”.E depois os meus amigos me disseram que já havia acontecido isto,sim.   Era assim que puniam os trangressores de suas “leis” pautadas pelo islamismo. Me pareceu um DÉ JÀ VU: já tinha ouvido algo assim em minha infância, em algum conto ou história.Incrível!  Cada povo com sua cultura.Não me reporto aqui a um comportamento fundamentalista mas sim à leis  seculares e primitivas. Até hoje me soa inacreditável. Chibatadas? Existe também.



O Marrocos continua  em minha lembrança lindo e encantador. Mas   penso nesta perigosa relação com a vida. Assim como, por seu lado, fanática e irracional inversão de valores  tem  as “células terroristas”jihadistas   que se infiltram pelo mundo

O que representa a vida , que essência e  leis são estas? Eis a questão.



PORQUE PRECISAMOS LER

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Havia nevado na noite anterior... eu olharia En passant a branca paisagem

 

 

Paris - Genebra. Janeiro, 2008.


Três  horas de viagem no  trem TGV – sabia que iria desvirginar meu olhar diante de lugares nunca vistos. Havia nevado a noite anterior... várias estações de trem  estariam ante meu olhar e eu olharia en passant  a branca paisagem, mas com a memória aguçada para quem a neve era rara e precisaria evoca-la mais tarde. Iria deliciar-me com o recomendado Le Croque Monsieur, o sanduiche quente, gostoso e inesquecível. Meus sentidos alertas, pois não poderia privar-me de nada.




Embarque feito. Discreta mas atenta, visualizei uma figura impávida, embevecida, elegante,  sentada à minha frente enquanto o trem oscilava suavemente.  Um indecifrável francês alheio ao seu redor,  lia um livro. A paisagem encantadora, deveria  lhe ser rotineira e antiga. Não o interessava mais. Isto o deixava especialmente único e nobre,  vestido com seu terno lindo! Aliás, todo o homem fica belo de terno.


Enquanto o observava discretamente, minha imaginação revestia-se de asas. Seria um professor? Da Sorbonne?!  Voltava de sua jornada em Paris, afinal  era final de semana? Ou um conferencista lendo um artigo? -Me parecia um intelectual de primeiríssima estirpe - Lendo Luc Ferry e suas ideias humanistas? O franco-argelino Albert Camus? Ou um Psicanalista imerso na leitura difícil e sábia de Lacan?

Sempre gostei de olhar pessoas e imaginar então suas histórias, biografias.

Mais adiante, avisto um jovem displicentemente recostado no banco. . Mais um leitor. Pensei que estivesse lendo Asterix e Obelix.  Afinal eu estava na França e ele  esbanjava linda juventude.  Pela escolha, parecia inteligente e sagaz..

Logo ali, alguém lendo um jornal.” Le Monde”. O mundo em suas mãos e eu descobrindo  aquele grão de areia na imensidão do planeta.

Incrível a cultura dos europeus. Séculos os fizeram leitores contumazes. Leem muito. Desde pequenos. Tem disciplina. Como sei? Porque lá convivi e ouvi as mais diversas falas. Como a do  eletricista da amiga – irmã brasileira que me hospeda no Velho Mundo. O diálogo entre eles era sobre o Socialismo, suas raízes filosóficas e sociológicas.. Falou sobre Marx e seus postulados teóricos, entre uma troca de lâmpadas. Um show de cultura e eu embevecida,  lembrei de H. Hesse: “ O homem culto é apenas mais culto. Nem sempre mais inteligente que o homem simples”

E  tudo faz sentido. Precisamos ler, porque lendo , estudamos. O Brasil é um país jovem e  as Feiras do Livro não existem por acaso. São santuários  da leitura . São a alma de uma cidade que quer ser representada pelas letras de seus cidadãos, pelos escritores do mundo,  pelos contos que nunca se extinguem. Pelo eterno livro.

 

                                                        

 

Sonhar 2015 em PAZ

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...olhar para dentro de nós se faz urgente



                Ao participar de curso enfocando as relações humanas no mundo contemporâneo, ouvi a sábia colocação de um dos painelistas: “ O séc. XX foi o séc da tecnologia; o séc. XXI será da espiritualidade e da ética”.  Nos momentos de nosso “balanço” de vida característico desta época  de  festas , constatamos isto durante este ano?  Tragédias e acontecimentos   marcaram 2014 e  afligiram   a humanidade.

 

                Penso com Freud que, em sua obra O mal  estar na civilização, já pontuava sobre o poder que o homem adquiriu através de suas conquistas, durante seu percurso pela história, aumentando sua ansiedade e onipotência. E agora, com os avanços tecnológicos, se apresentam os transtornos psicossomáticos, as neuroses, como se o homem estivesse colhendo os frutos da ânsia de superar-se,  num atropelo frenético e muitas vezes desastroso para a  humanidade esquecendo de sua verdadeira essência. Esta constatação  precisa ser substituída pelas nossas atitudes e esperança num mundo melhor, especialmente no final do Ano, quando  não devemos deixar que o consumo desenfreado e sedutor  nos afastem da verdade do Natal: o amor e a fraternidade.

 



            Então, olhar para dentro de nós se faz urgente e por isso, relendo Mather Luther King, que nos anos 60 nos emocionou com seu discurso eloqüente de sonhar um mundo melhor, “ Eu tenho um sonho”, é confortador também podermos  sonhar.

 

            Sabemos que a inquietude revela a essência do ser humano e deve ser exercida em benefício da humanidade. Não importa o lugar em que estivermos , sempre se faz necessário podermos introjetar  as experiências que a vida nos oferece para nosso crescimento pessoal e de nossos semelhantes,  numa troca de amor e solidariedade para um mundo melhor. É isso que a vida espera de nós ... ela precisa de uma retribuição pois nos mantém aqui. Repensar as nossas atitudes frente ao que nos oferece se faz necessário.

 

          No Brasil, nos entristecem as catástrofes nas mais diferentes áreas, haja visto os acontecimentos político-sociais que nos entristecem e angustiam... O homem conquistou e venceu fronteiras  porém está em tempo de exercer o nosso fazer, de modo responsável.

   

          Assim estaremos fazendo  a nossa parte e seremos mais completos  em nossos projetos de um FELIZ 2015 EM PAZ!

 

 

 

 

 

                                                                       

                                                                               

 







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                                                       SAIR DE FÉRIAS

Marrackesh- Marrocos - 2011
  Descansar... conhecer lugares.. visitar parentes ou amigos.. fazer aquela viagem tão aguardada. Mas , o mais importante é pontuar:’ “vou me levar junto”!

Para isso, é preciso estar em paz e ser tolerante com as próprias limitações e carências  assim como  com as  dos outros. Haver planejado o  período de lazer, disposto a sair da Zona de Conforto. Só seremos felizes em nossas férias, se estivermos receptivos aos desafios: um quarto estranho de hotel, ruídos aos quais não estamos habituados para viver um dia intenso que nos espera, conviver com pessoas desconhecidas...mas é nestas trocas que enriquecemos nosso mundo interno.

Simone de Beauvoir, filósofa e escritora francesa, personalidade marcante nos meados do século passado quando  sua obra florescia, escreveu que quando viajava , não se tornava outra mas desaparecia. Contestava assim o que ouviu: “ para que viajar, ninguém sai nunca de si mesmo”.
Glaciar Perito Moreno- janeiro 2013- Patagônia Argentina

E férias sem viagem? Podem ser perfeitas, se pudermos sentir o quanto somos  abençoados por termos uma família com quem  contar e conviver num  cotidiano suave, perceber trocas de sorrisos e olhares sinceros até então invisíveis para nós . É entrar  em contato conosco mesmos e viver a própria experiência, pode levar ao autoconhecimento. É nos darmos um lindo presente. Aquele que jamais esqueceremos, pois vai  de encontro aos nossos anseios. Pelo vazio existencial em que  muitos se encontram, pela ansiedade e stress que o mundo pós moderno nos submete, podemos estar sendo donos  de uma couraça impermeável às emoções e desejos..
Férias com a família

Férias. . É um não fazer nada pleno de sentido quando  oferece  satisfação e contentamento . Importante investimento em nossa saúde emocional...

E como?

 O contato conosco mesmo, pode nos levar a valorizar mais os momentos individuais , a cuidar mais da saúde e a investir nas relações interpessoais. Aceitar desafios é  não cair no marasmo mas as atividades e os lugares devem serem proporcionais às nossas capacidades. Assim seremos protagonistas  da festa, um grande  “dolce farniente”  sem culpas. Não o ócio vazio e hedonista, mas  fazer o que se escolhe,  seja não fazer nada ou correr quilômetros.

Boas férias! Mas sempre consigo junto  e muito bem cuidado!Lembre-se disso...