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                                                       SAIR DE FÉRIAS

Marrackesh- Marrocos - 2011
  Descansar... conhecer lugares.. visitar parentes ou amigos.. fazer aquela viagem tão aguardada. Mas , o mais importante é pontuar:’ “vou me levar junto”!

Para isso, é preciso estar em paz e ser tolerante com as próprias limitações e carências  assim como  com as  dos outros. Haver planejado o  período de lazer, disposto a sair da Zona de Conforto. Só seremos felizes em nossas férias, se estivermos receptivos aos desafios: um quarto estranho de hotel, ruídos aos quais não estamos habituados para viver um dia intenso que nos espera, conviver com pessoas desconhecidas...mas é nestas trocas que enriquecemos nosso mundo interno.

Simone de Beauvoir, filósofa e escritora francesa, personalidade marcante nos meados do século passado quando  sua obra florescia, escreveu que quando viajava , não se tornava outra mas desaparecia. Contestava assim o que ouviu: “ para que viajar, ninguém sai nunca de si mesmo”.
Glaciar Perito Moreno- janeiro 2013- Patagônia Argentina

E férias sem viagem? Podem ser perfeitas, se pudermos sentir o quanto somos  abençoados por termos uma família com quem  contar e conviver num  cotidiano suave, perceber trocas de sorrisos e olhares sinceros até então invisíveis para nós . É entrar  em contato conosco mesmos e viver a própria experiência, pode levar ao autoconhecimento. É nos darmos um lindo presente. Aquele que jamais esqueceremos, pois vai  de encontro aos nossos anseios. Pelo vazio existencial em que  muitos se encontram, pela ansiedade e stress que o mundo pós moderno nos submete, podemos estar sendo donos  de uma couraça impermeável às emoções e desejos..
Férias com a família

Férias. . É um não fazer nada pleno de sentido quando  oferece  satisfação e contentamento . Importante investimento em nossa saúde emocional...

E como?

 O contato conosco mesmo, pode nos levar a valorizar mais os momentos individuais , a cuidar mais da saúde e a investir nas relações interpessoais. Aceitar desafios é  não cair no marasmo mas as atividades e os lugares devem serem proporcionais às nossas capacidades. Assim seremos protagonistas  da festa, um grande  “dolce farniente”  sem culpas. Não o ócio vazio e hedonista, mas  fazer o que se escolhe,  seja não fazer nada ou correr quilômetros.

Boas férias! Mas sempre consigo junto  e muito bem cuidado!Lembre-se disso...

 

 

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