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A dúvida

Surgiu uma oportunidade de retornar à França por alguns dias. Tudo planejado. Tour programado, passagem providenciada.
Mas, na véspera, aconteceu o atentado suicida em Bruxelas. Informações de que “a Europa está em guerra”; ” está triste,” chegavam pelas redes sociais, de amigos que lá deixei. Também daqui -- “ Vai. Eu iria. Aqui no Brasil está pior do que lá”. Dá para contestar?
Por sua vez, pela TV, soldados e policiais potencialmente armados vigiavam cada passo nos aeroportos, trens e metrôs. Cenário de terror.. E a Alfândega com rígida fiscalização.
Pois neste século, os protagonistas são os homens – bomba. O Estado Islâmico volta a atacar , agora a Bélgica. Muitas vitimas, como em janeiro no jornal satírico Charlie Hebdo e casas de espetáculo de Paris, deixam centenas de vítimas
O E I assumiu o atentado terrorista. Visto muito mais como um problema político- ideológico do que religioso; e com bases solidas em um fundamentalismo perigoso. Os terroristas jihadistas e outros grupos da mesma natureza, são educados desde criança para o martírio alcorânico, que eles dizem lhes dará direito ao paraíso prometido por Alá, seu Deus. A vida é desprezada , seus ataques, muitas vezes, são suicidas e em meio à multidões. Em entrevistas relatam não sentir culpas pois a morte para eles é o encontro com seu Deus.
Há poucas horas, a imprensa trouxe o ´mais recente ataque suicida. No Paquistão, num templo cristão um massacre.
Por isto, este clima me fez sentir como numa encruzilhada: “que caminho seguir?”
A resposta – onde encontrasse alegrias e serenidade. Então fiquei. Na minha rotina pontual.
E afinal! A floração das lavandas em Provence , só acontecem em julho!

Sonia Maria de Wallau
Psicóloga e esritor