Olimpíadas de Atenas: O Deus Eros

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Ao assitir a abertura dos jogos olímpicos de Atenas, precebemos o homem alado que pairava, flutuando sobre o desenrolar da abertura deste evento, num espetáculo de rara beleza e significados. O deus EROS, deus do amor, parecia abençoar os participantes, enviando ao mundo uma mensagem de fraternidade.
               
O amor é um dos intintos que nascem com o homem; os filósofos gregos falavam do amor, sonhavam com a imortalidade e questionavam a razão de nossa existência e a nossa finitude. Foi na Grécia que tudo começou e percebeu-se que Atenas é agora poesia contada em mitos; os deuses do Olimpo estão presentes como constitutivos da história; a mitologia grega tem em Atenas, uma cidade abençoada pelos deuses: Hera, Apolo e tantos outros e o mais importante, em se pensando a fraternidade, surge EROS, absoluto, reinando sobre o espetáculo da abertura desta Olimpíada. Os historiadores, com certeza identificaram a prática social nos rituais e nos ícones assim como as mensagens que daí poderiam ser interpretadas, percebendo a distância cultural entre presente e passado, através da historiografia narrada na abertura dos jogos olímpicos.

Na Grécia nasceu a democracia, o teatro, a história a filosofia e agora, no século XXI, todos os olhares convergem para Atenas de 789 AC, imagens vistas e representadas através de ícones que nossa percepção permite interpretar.

Em Olímpia tudo começou e o espetáculo representado pelo logotipo que identifica as olimpíadas, parece pedir união fraterna entre as nações, apelo representado pelos cinco anéis ou círculos que representam os cinco continentes deste planeta que enlaçados, sugerem união e paz.

E, no final desta cerimônia, como resultado do poder do homem e dos avanços da ciência que parece infinitos, vimos  a representação do DNA  e refletimos: o homem começa a brincar de Deus mas esperamos que o faça com sabedoria e ética.




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Texto publicado no Jornal NH do dia 18/08/2004.

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