“OS 33 “- da
realidade à ficção
O planeta acompanhou emocionado em maio de 2010, o
resgate dos 33 mineiros
soterrados por 2 meses num ambiente subterrâneo e insalubre
na mina San
José, deserto do Atacama, Chile.
O emergir do “útero” da terra, um a um, homens altivos no
reencontro com a vida.
Viu-se que a solidariedade, a religião e a fé, aliadas a alta tecnologia e a um essencial improviso,
fez a catástrofe transformar-se em momento de orgulho, comprovando a importância
da organização e união de um grupo.
Na ocasião pensei no
impacto psicológico nestes
trabalhadores.
Pois, agora acompanho pela imprensa, depois de 5 anos, confirmar-se
o prognóstico. Muitos mineiros se
queixam de insônia, ansiedade e depressão.
Nunca mais serão os mesmos. Manifesta-se o TEPT ( Transtorno
de estresse pós-traumático) que se caracteriza por pesadelos, momentos de Flashback
(revivência dos episódios traumáticos), irritabilidade,
insônia, pesadelos, terrores
noturnos, depressão, crises de ansiedade, desesperança. Vai
depender do que
chamamos de resiliência ou “força” psicológica. E do apoio proveniente de suas
famílias e da rede social. Existem pesquisas feitas neste
sentido com sobreviventes de
guerra e tragédias
de fenômenos da natureza.
Muitos mineiros ainda
estão em tratamento pelas sequelas
psicofisiológicas. Alguns participaram de campanhas publicitárias ... efêmeras
experiências. Atualmente preocupam-se com seus direitos de uma vida digna.
Agora temos o lançamento
do longa “ Os 33”, nos cinemas. Filme
que relata os dias em que o grupo ficou soterrado .
Uma produção norte americana. Será que Hollywood retratará a real emoção dos
fatos. que por si só já são carregados
de emoção e sofrimento? Lançarão um olhar
real sobre a América Latina?
Vamos assistir.
E pensar: A arte imita a vida? Grande dúvida de Oscar Wilde.
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