A polêmica das biografias

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Quem acompanhou em outubro de 2013, sabe que o assunto deu o que falar nas mídias, nas rodas de intelectuais, artistas e outras áreas.
 
                                                               genial Chico B de Holanda


Eles foram contra a censura por ocasião da ditadura dos anos 60. Tomaram frente em manifestações ao compasso da música de Vandré: " Caminhando e cantando e seguindo a canção...somos todos iguais. Braços dados ou não..": Chico, Gil, Caetano . Junto a eles , Roberto Carlos, que não concordou com o biógrafo que discorreu sobre sua vida.

Um paradoxo complicado: o direito à liberdade de expressão X o direito à privacidade. A nossa constituição determina que "é livre a expressão de atividade intelectual" e sabemos que é princípio inquestionável da democracia. Mas estes artistas, grandes expoentes, que serão imortais por sua importância na nossa música e arte, censuram a escrita de suas biografias. Eis a questão: censura. Um princípio que sempre negaram levantando esta bandeira com seu escrito musicado: " É proibido proibir". Quem viveu nesta época, assistiu. E este é o cerne da polêmica. Como proibir se sempre pregaram a liberdade, o direito de ecoar sua voz e seus princípios?

Querem a censura prévia . Não querem suas vidas devassadas. Um direito? Sim. Mas uma questão polêmica quando o sistema é democrático e a liberdade de expressão permeia os meandros da comunicação. É a própria contradição. O ônus e o bônus de serem pessoas públicas emblemáticas.
Nos Estados Unidos, claro está na constituição o direito à liberdade de expressão. Vários biografados, entre eles Jacqueline Onassis e Kennedy. Aqui sabemos da biografia de Garrincha e outros. Na França e alguns países da Europa, consta mais rigor.

E agora, amigos? Vencerá a censura prévia que estes artistas, ícones de nosso país exigem?
Monteiro Lobato já afirmava: " Um país se constrói com homens e livros".

 

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