Séculos se passaram. Situações em um país muito novo, enorme e desproporcional em suas distribuições: Brasil. |
16 de junho de 2013- Um clique na TV: manifestações grupais em muitas capitais do Brasil , perplexidade inicial. Concretizava-se o que nas Redes Sociais, vinha delineando-se . Facebook e Twitter: a casa de filhos órfãos desta pátria mãe gentil. Desesperançosos, ansiosos, revoltados. Pelo mundo virtual foram despertados, saindo da letargia, de um sono intenso. Muitos jovens , com a companhia experiente de olhos que já vislumbraram muito neste mundo, deslocavam-se para pontos principais das grandes capitais e cidades de nosso querido Brasil. Novo Hamburgo: cenário de uma passeata cordata e esperançosa de dias melhores, reinvindicados pelos seus passos firmes e decididos, no asfalto brilhoso do tanto andar, impregnado de tanta história.
A queda da Bastilha |
Os Inválidos: antigo hospital .2013 |
Séculos se passaram. Outro lado do Atlântico. Situações se repetiram num país muito novo, enorme e desproporcional em suas distribuições de muitas naturezas. Mas o momento é único no Brasil. O início se deu em Redes Sociais como na Primavera Árabe. Democracia exercida em meio à desorganizaçãoMas todo o movimento social reflete a desorganização pois a emoção está presente e então os sentimentos predominam. Razão X Emoção. A democracia permite a desorganização mas não as agressões.
Clamor das massas . Sem agressões, fantásticas! Exigindo a presença da polícia, o caos. Bombas de gás lacrimogênio,pedras lançadas um contra o outro.
E o que estes dias de tumulto e apreensão nos trarão?
A esperança de uma nova política. Tudo estava sem encanto. E quem somos nós, os brasileiros?
Queremos reinventar uma vida nova e a democracia é um processo de quem participa.
Não temos pressa. Queremos um tempo de entendimento,de caminhar com prudência numa dinâmica de diálogos.
A democracia foi percebida!
Enganou-se quem pensava que a Copa seria a grande emoção. Somos uma sociedade urbana e esta urbe está cada vez mais interessante.
E qual o desfecho?
Esperemos agora um final feliz para fechar o capítulo desta historia. Também a nova classe média nasceu. E agora cobra os seus direitos.
Por sua vez, a mídia internacional, traz o exterior satisfeito com a reação brasileira... já foi cenário de muitas situações parecidas. E sabemos que existem muitas causas de nossa insatisfação,que as passagens de ônibus constam aqui neste enredo, apenas como uma gota d´água. O copo apenas transbordou, pois existem queixas bem mais sérias.
E todos sabem da força das redes sociais e da importância na comunicação. Levarão seu recado às urnas em 2014. É lá que terminará este processo. Agora os partidos políticos parecem invisíveis e o que vale é entender a linguagem dos jovens. E o nosso bom senso. Subestimar as redes sociais é distanciar-se deles, pois descobriram sua força.
Subestimar as redes sociais é distanciar-se deles, pois descobriram sua força. |
O contágio social: o indívíduo num grupo, comporta-se de um modo muito diferente de que faria se estivesse sozinho |