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A dúvida

Surgiu uma oportunidade de retornar à França por alguns dias. Tudo planejado. Tour programado, passagem providenciada.
Mas, na véspera, aconteceu o atentado suicida em Bruxelas. Informações de que “a Europa está em guerra”; ” está triste,” chegavam pelas redes sociais, de amigos que lá deixei. Também daqui -- “ Vai. Eu iria. Aqui no Brasil está pior do que lá”. Dá para contestar?
Por sua vez, pela TV, soldados e policiais potencialmente armados vigiavam cada passo nos aeroportos, trens e metrôs. Cenário de terror.. E a Alfândega com rígida fiscalização.
Pois neste século, os protagonistas são os homens – bomba. O Estado Islâmico volta a atacar , agora a Bélgica. Muitas vitimas, como em janeiro no jornal satírico Charlie Hebdo e casas de espetáculo de Paris, deixam centenas de vítimas
O E I assumiu o atentado terrorista. Visto muito mais como um problema político- ideológico do que religioso; e com bases solidas em um fundamentalismo perigoso. Os terroristas jihadistas e outros grupos da mesma natureza, são educados desde criança para o martírio alcorânico, que eles dizem lhes dará direito ao paraíso prometido por Alá, seu Deus. A vida é desprezada , seus ataques, muitas vezes, são suicidas e em meio à multidões. Em entrevistas relatam não sentir culpas pois a morte para eles é o encontro com seu Deus.
Há poucas horas, a imprensa trouxe o ´mais recente ataque suicida. No Paquistão, num templo cristão um massacre.
Por isto, este clima me fez sentir como numa encruzilhada: “que caminho seguir?”
A resposta – onde encontrasse alegrias e serenidade. Então fiquei. Na minha rotina pontual.
E afinal! A floração das lavandas em Provence , só acontecem em julho!

Sonia Maria de Wallau
Psicóloga e esritor

Tempestade devastadora e o Estresse Pós trauático

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A tempestade devastadora  e o Estresse pós - traumático

 


A noite do dia 29 de janeiro jamais será esquecida pelos  porto-alegrenses.

As redes sociais  e a televisão, nos  traziam notícias  da tempestade  que caia impiedosa  sobre a nossa capital.

 Amigos e familiares que lá residem, falavam incrédulos ao celular – único meio de comunicação que lhes restara - de seu pânico. Relatavam   luzes que se apagavam, prédios que balançavam , janelas estilhaçadas, muito medo. Blackout  na cidade  neste  verão de calor intenso,   sinalizava o  caos. Hospitais com geradores próprios  recebiam  muitos feridos, semáforos não funcionavam.  Porto Alegre passava por uma situação devastadora, mas vítimas foram poupadas.

 

E para quem sobrevive à estas tragédias, os danos psicológicos podem ser devastadores. E é então que temos o que foi diagnosticado, nos Estados Unidos, como uma reação de estresse: o estresse pós – traumático, verificado por estudiosos e pesquisadores do comportamento humano após  os episódios de Guerras do séc. passado: os soldados  sobreviventes  de guerra, manifestavam descompensações psicológicas importantes, como ansiedade, pânico e outros sintomas.

            Poderá afetar as pessoas que não possuem estrutura psicológica  para lidar de forma satisfatória com a situação . Existe um limiar de tolerância própria de cada pessoa em relação ao que ela experencia, e quando este limite é ultrapassado, ela poderá desenvolver o estresse pós - traumático, ou seja, a  experiência é sentida  como um  trauma, ocorrendo então sintomas como pesadelos e terrores noturnos, um fenômeno que chamamos de  flash back  -  uma sensação de estar revivendo a situação traumática, como num filme.

          Mas é importante perceber que muitas pessoas sobrevivem com mais resistência às experiências devastadoras das pressões do estresse e o que se conclui, é que  a resposta aos agentes estressores é o modo de enfrentamento,. A Resiliência,  determinada pelas características da personalidade .

 

E então, no dia seguinte, relatos do que parecia “cenário  pós - guerra”. Dia de reerguer o que for possível  do momento  em que Porto Alegre acorda sob destroços. E nada alegre.

 

 

                                                      
                                                           

Um encanto o interior da Itália

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                                     Um encanto:  o  interior da Itália.

 

Penso que toda a experiência quando significativa, só é completa quando compartilhada. Por isso este relato. Encontrei em minhas anotações..

 

“ O  avião prepara-se para decolar no aeroporto Marco Polo,  de Veneza. Enquanto taxeia  na pista, a sensação de flutuação...  Ouço sensibilizada os acordes de Mozart, que ecoa na cabine e  invadem minha alma . Recordo os dias na  Itália: Região de Vêneto,  onde conheci os mais lindos “paese”:  comunas autônomas  das províncias de Toscana, Belluno, Verona , Pádova, Venezia, Verona.

Entre elas, Siena, na Toscana, reconhecida pela  Unesco como Patrimônio  Histórico da Humanidade .Um lugarejo medieval; suas ruelas  tortuosas e com um  certo ar de  mistério, levam  a subir  até a Piazza Del Campo, onde se realiza a secular Fiesta di Palio, quando jóqueis  e seus cavalos são os personagens no esporte secular..  É realizada uma vez por ano desde o século 14. Parecia ter entrado num mundo de sonhos: a mais linda jóia medieval,  vendo-se artes em  afrescos, mosaicos.  Lá floresceram as artes na Idade Média.

Mais a  comuna de Castel franco- Veneto,  em Treviso. Um charmoso vilarejo, com a gastronomia e  beleza da arquitetura,  reconhecida s. Também  com suas  muralhas que guardam a história. E ainda  Bassano Del Grapa, província de Vicenza., que ostenta sua Ponte Vechia e o plácido e lindo rio Brenta a serpentear sob a ponte, com o mesmo orgulho da também  visitada e belíssima  Florença, na Toscana.”

São lugares que não estão repletos de turistas... um diferencial a ser considerado.

E Veneza. Esta merece um texto a parte, pois não a vi a partir do vaporetto.  Cheguei até ela de trem ,e me senti italiana. que me trouxe do continente. Espetáculo!"